O título desse artigo de repente nos leva a pensar em "coisas de criança", em brincadeiras infantis, tais como o "pique-esconde", onde um grupo de crianças se esconde, e uma criança (que fica de olhos fechados, de cara para parede, contando até 50, para dar tempo de cada criança escolher seu melhor esconderijo! Lembra-se dessa brincadeira?) procura encontrar cada criança escondida. Mas não é sobre brincadeiras de criança que quero falar (apesar de ter saudades dos meus tempos de criança, onde não via a maldade que percebo hoje, onde não me sentia tão sufocado com a malícia dos dias atuais, onde ainda me relacionava com Deus como o "Papai do céu", sem a interferência da religião, mas com a inocência de uma criança!), mas quero falar sobre a perda da essência do relacionamento íntimo com Deus.
Hoje pela manhã Deus falou comigo através da vida de uma adolescente, de 15 anos, que apesar da pouca idade, mostrou ter uma consciência refinada pelo Espírito Santo, sobre a importância de se resgatar a essência do relacionamento íntimo e sincero com Deus [Muito obrigado Carol, por deixar Deus te usar nesta manhã, para falar ao meu coração!].
Sabe quando crescemos na vida, perdemos muitos valores que deveriam ser preservados em nossa vida: a inocência, a simplicidade, a pureza e tantos outros valores que haviam em nós em nosso tempo de criança, tempo esse em que a maldade, o orgulho, as impurezas não inundavam nossa mente e coração de criança. Crescemos e perdemos a essência do melhor de Deus em nossa vida, nos envolvemos com tantas futilidades que já não temos tempo e nem sensibilidade para discernir o que é realmente importante e vital para nossa existência. Por isso a "inversão de valores" é tão evidente em nossos dias. Deus já não é o querido e amado "Papai do céu"; Deus está sendo descartado e desprezado por uma geração pós-moderna, que anseia (custe o que custar) ter todo "conhecimento" que lhe possa levar a um nível ou status "superior". E por isso muitos estão agindo de maneira inescrupulosa com seu próximo e principalmente, com Deus o "Papai do céu".
Deus sempre buscou ter um relacionamento íntimo com o homem (ser criado a sua imagem e semelhança, para assim ter condições íntimas de se relacionar abertamente com Deus!), mas desde o primeiro casal, o homem tem quebrado a "aliança", tem em algum momento da história errado feio com Deus, traindo sua confiança, negando-o de alguma forma, desvalorizando sua palavra com uma desobediência vergonhosa.
Crescemos e no lugar da inocência, da pureza, da santidade entrou as consequências dos nossos pecados: a vergonha, a dor, a humilhação, o engano, a falta de comunhão com Deus, a rebeldia e o domínio do mal sobre nossa carne, mente e coração. O pecado roubou-nos a inocência e a pureza e deixou em nós a marca da vergonha e da humilhação. O pecado gera em nós a vergonha da nossa nudez espiritual, que deixa latente em nossa consciência o quanto erramos feio com Deus, gerando em nós o desejo de fugir da presença de Deus e procurar algum lugar para nos esconder no jardim. Queremos fugir porque descobrimos o que nos envergonha e que já não somos mais dignos de estar face a face com o nosso "Papai do céu". Para muitos isso não tem mais importância, para muitos já não é tão essencial estar com o "Papai do céu", eles encontraram "folhas de figueira" para fazer "aventais" (Gênesis 3:6,7) para esconder, camuflar a vergonha do seu pecado. Mas isso não resolve, essa não é a solução, isso apenas encobre nossos erros, maquia nossas feridas, mas não estabelece a cura da nossa alma ferida.
Temos que voltar urgentemente a Deus com um coração "quebrantado e contrito", e sinceramente arrependidos, derramar diante de Deus nossa confissão de culpa, para que Ele em sua fidelidade e justiça perdoe todos os nossos pecados e nos purifique de toda iniquidade.
"E Jesus, chamando uma criança, colocou-a no meio deles e disse: em verdade vos digo que, se não vos converterdes e não vos tornardes como crianças, de modo algum entrareis no Reino dos céus" (Mateus 18:3).
Vamos voltar ao primeiro amor e passear de mãos dadas com Deus no jardim; Deus está nos esperando para isso!
Andreé Veríssimo :: uma criança de volta ao jardim do "Papai do céu"!










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